O novo espetáculo chamado PCP

domingo, 28 de setembro de 2008

Quando violência é assunto nos jornais, já posso esperar que eles estão lá: os brasileiros!

O espetáculo dessa vez chama-se Primeiro Comando de Portugal (PCP). Isso mesmo, uma referência ao Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo.

Essa história começou quando uma repórter de um jornal sensacionalista de grande circulação, Correio da Manhã, resolveu criar um perfil falso no Orkut (já que aqui eles usam o Hi5) e se “infiltrou” na comunidade dos que se intitulam PCP.

A repórter criou uma matéria que rendeu quatro páginas no jornal e que afirmava que o crime organizado das favelas brasileiras tinha chegado a Portugal.

O grupo se instalou em Setúbal, na Margem Sul do Rio Tejo e de acordo com a repórter “pratica crimes violentos, como assaltos a joalheiras e até assassinatos”.

Ainda de acordo com o jornal, um dos elementos do Primeiro Comando de Portugal é Edivaldo Rodrigues, de 20 anos, que já tem passagens pela polícia e está ilegal em Portugal.

A maioria das pessoas citadas como integrantes do grupo possui perfil no Orkut.

Eu estive a olhar os tais perfis dos cidadãos. Não descarto a possibilidade que eles sejam realmente marginais e pratiquem tais atos de violência, mas daí a criarem uma polémica tão grande de um grupo organizado, já é demais!

Em meio a tamanha polêmica que se criou no país, o secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança, Leonel Carvalho, foi sensato.

O Secretário reconhece a existência desses grupos de jovens que comentem crimes, porém, desvaloriza a dimensão da organização e afirmou:

Os jovens oriundos do Brasil são uma população bastante reduzida. Se algum grupo destes jovens se organizar, será por brincadeira

Como é hábito em Portugal, eu e vários outros brasileiros tivemos que ouvir as chacotas a respeito da exportação de violência e toda aquela ladainha de que brasileiro é malandro e só vem para cá para roubar.

Não posso fazer nada, já que realmente existem aqueles que fazem jus a fama!

Só podemos exigir do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que a cobrança sobre os que estão ilegais e “fichados” sejam deportados ou cumpram as leis mais severamente.

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